Receita fresquinha, apresentada ontem no programa Dia Dia!

Antes de repassar a receita, quero agradecer a audiência de todos! E claro, os elogios com relação à receita também!
Isto posto, vamos à ela:

PUDIM DE PÃO SALGADO E RECHEADO

Massa:
- 6 pãezinhos amanhecidos picados
- ½ litro de leite quente
- 4 ovos
- 2 colheres (sopa) margarina
- 1 caldo de legumes
- 1 colher (café ) açafrão
- Sal, pimenta e noz moscada a gosto

Recheio:
- 1 xícara (chá ) mussarela ralada
- 1 xícara (chá) tomate seco picado
- 1 xícara (chá) linguiça fatiada e frita

Cobertura:
- 1 xícara (chá) farinha de rosca
- 1 xícara (chá) parmesão ralado
- 1 colher (sopa) salsa picadinha

Outros ingredientes:
- Manteiga e farinha de trigo para untar

Modo de preparo:
Para a massa, coloque os pães em uma vasilha, cubra com o leite e deixe hidratar por 1 minuto. Acrescente o restante dos ingredientes e coloque metade desta massa na assadeira untada e polvilhada, acrescente o recheio desejado e coloque o restante da massa.
Misture os ingredientes da cobertura e cubra com a farofinha crocante. Leve ao forno quente (180º) coberto com papel alumínio por 45 minutos. Tire o papel e deixe dourar por mais 10 minutos ou até dourar. Tire do forno e sirva esta delicia com uma saladinha bem gostosa de folhas verdes!

PUDIM DE PÃO TRADICIONAL

Massa:
- 6 pãezinhos amanhecidos picados
- ½ litro leite quente
- 4 ovos
- 2 colheres (sopa) margarina
- 2 xícaras (chá) açúcar
- 1 colher (café) canela em pó

Para caramelizar:
- 1 xícara (chá) açúcar

Modo de preparo:
Comece derretendo o açúcar em uma panela até ficar líquido e dourado. Transfira para uma assadeira, espalhe bem e reserve. Coloque os pães em uma vasilha e cubra com o leite. Deixe hidratar por 10 minutos e coloque no liquidificador junto com o restante dos ingredientes. Bata por 1 minuto, despeje sobre a assadeira caramelizada, cubra com papel alumínio e leve ao forno moderado (180º) por aproximadamente 45 minutos. Tire o papel alumínio e deixe por mais 10 minutos para dourar. Tire do forno, espere amornar, desenforme e sirva.

Dica: Coloque nesta mesma massa 1 xícara (chá) de chocolate em pó para ficar ainda mais gostoso e diferente e cubra com uma ganache de chocolate branco!

Espero que vocês gostem desta receita e qualquer dúvida, não hesitem em perguntar!

Preparando uma receita deliciosa!

Hoje testei e preparei um quitude especial para ser apresentado no Programa Dia Dia de quinta-feira.

Esta receita leva açúcar caramelizado, então quero explicar o que são Pontos de Açucar.

Pontos de Açucar são as várias fases que o açucar passa no nosso fogão até caramelizar e são utilizados na arte da pâtisserie em muitas delícias, como base fundamental ou como um elemento de ligação.

Podemos utilizar qualquer tipo de açúcar para preparação dos pontos, mas o mais indicado é o açúcar branco refinado, que é mais puro e faz com que o risco de que o açúcar cristalize (forme torrões) seja menor.
Para evitar que o açúcar cristalize, você pode utilizar suco de limão (cerca de 30 gotas para 1/2 kg de açúcar).

Uma forma bem simples de identificar em que ponto está seu açúcar é o aspecto da calda.
A partir de determinada temperatura o açúcar passa de um ponto a outro com muita rapidez, então, mantenha o fogo baixo e muita atenção.

Abaixo está a descrição de cada ponto e seu aspecto (a proporção ideal para chegar nestes pontos é de 1/2 kilo de açucar para 2 xícaras de água):

Ponto de pasta:
É o ponto mais tênue. Neste ponto, a calda fica levemente aderida à colher, formando uma espécie de cortina ao escorrer.
É só levar o açúcar ao fogo juntamente com a água e deixar ferver.

Ponto de espelho:
É mais encorpado que o de pasta. A calda deve aderir à colher, adquirindo a transparência de um espelho. E ela deve escorrer em fios finos.
Leve o açúcar ao fogo juntamente com a água e deixe ferver durante 2 minutos.

Ponto de fio brando:
A calda estará neste ponto se, molhando o dedo indicador na calda e unindo-o em seguida ao polegar e afastando-o, formar-se um fio quebradiço.

Ponto de fio:
Quando ao passar no fundo da panela, a colher deixar uma estrada, onde se vê o fundo.
Ou se você realmente deseja ver o fio, coloque um pouco de calda em um prato e espere esfriar um pouco. Depois, com as pontas dos dedos, aperte e puxe. Você verá um fio que não se desmancha (para não se queimar, molhe os dedos em água gelada).

Ponto de voar:
A calda forma fios finíssimos e longos, que caem em chuva da colher.

Ponto de bala mole ou de açúcar:
Ponto de bala mole é o ponto em que uma pequena quantidade de calda, quando resfriada em água, forma uma bolinha quando enrolada.

Ponto de quebrar:
Ponto de quebrar é quando uma pequena porção de calda, ao ser colocada em água fria, forma uma bala dura, com consistência quebradiça.

Ponto de açúcar queimado:
Assim que a calda ficar amarronzada, com aquele cheirinho de caramelo que passeia pela casa. É este ponto que queremos para a nossa receita de quinta-feira!

Nos vemos lá!

Pão Palmier recheado

Para deixar seu lanche mais bonito e diferente, este pão foi inspirado no formato do Palmier.
Palmier são biscoitos enrolados dos dois lados e fatiados. São chamados também de folha de palma/orelha de macaco/óculos. Seja qual for o nome, é um jeito bem legal de mudar o formato dos nossos pães.












Este é o formato de um palmier

Agora, vamos à receita!

Massa:
- ½ kg farinha de trigo
- ½ copo americano água
- 1 lata cerveja ou água
- 3 tabletes fermento biológico fresco
- 3 colheres sopa) manteiga amolecida
- 1 pitada sal
- 1 colher (sopa) açúcar
- 1 colher (sopa) açafrão

Recheio:
- 250g mussarela ralada
- 250g presunto fatiado
- 3 tomates sem sementes picadinhos
- Orégano e sal a gosto

Outros ingredientes:
- 1 ovo
- 2 colheres sopa de gergelim

Modo de Preparo:

Coloque todos os ingredientes em uma vasilha com exceção da farinha. Misture bem e acrescente a farinha aos poucos sobre a massa até que fique lisa, cubra com um pano e deixe fermentar por 30 minutos afim de que o amido da farinha se desenvolva e fique elástico.
Então, abra a massa em formato retangular com o auxílio de um rolo em uma mesa polvilhada com farinha e espalhe o recheio de forma uniforme nas duas extremidades da massa. Enrole como um rocambole os dois lados opostos, até o centro da massa como se fosse um palmier. Então, pincele o ovo, polvilhe o gergelim deixe terminar de fermentar por mais 30 minutos já em uma assadeira que vá ao forno. Coloque em forno quente (200º) por aproximadamente 40 minutos ou até que fique bem dourado. Tire do forno e sirva esta delícia bem quentinha!

Você pode mudar o recheio desta receita para o que você tiver disponível ou desejar: o franguinho do fim de semana desfiado com catupiry, o restinho de escarola do almoço com mussarela ou até um tomatinho seco, mussarela de búfala servido com uma saladinha de rúcula... o que sua imaginação mandar!

Tradição portuguesa - é o folar com certeza!

Hoje quero postar uma receita para Páscoa: Folar Português!

Antes irei contar a origem deste pão delicioso, que é cercada por uma lenda.

Esta lenda é tão antiga que se desconhece sua data de origem. Reza que, em uma aldeia portuguesa, vivia uma jovem chamada Mariana que tinha como único desejo na vida o de casar cedo. Tanto rezou a Santa Catarina que a sua vontade se realizou e logo lhe surgiram dois pretendentes: um fidalgo rico e um lavrador pobre, ambos jovens e belos. A jovem voltou a pedir ajuda a Santa Catarina para fazer a escolha certa. Enquanto estava concentrada na sua oração, bateu à porta Amaro, o lavrador pobre, a pedir-lhe uma resposta e marcando-lhe como data limite o Domingo de Ramos. Passado pouco tempo, naquele mesmo dia, apareceu o fidalgo a pedir-lhe também uma decisão. Mariana não sabia o que fazer. Chegado o Domingo de Ramos, uma vizinha foi muito aflita avisar Mariana que o fidalgo e o lavrador se tinham encontrado a caminho da sua casa e que, naquele momento, travavam uma luta de morte. Mariana correu até ao lugar onde os dois se defrontavam e foi então que, depois de pedir ajuda a Santa Catarina, Mariana soltou o nome de Amaro, o lavrador pobre. Na véspera do Domingo de Páscoa, Mariana andava atormentada, porque lhe tinham dito que o fidalgo apareceria no dia do casamento para matar Amaro. Mariana rezou a Santa Catarina e a imagem da Santa sorriu-lhe. No dia seguinte, Mariana foi colocar flores no altar da Santa e, quando chegou a casa, verificou que, em cima da mesa, estava um grande bolo com ovos inteiros, rodeado de flores, as mesmas que Mariana tinha posto no altar. Correu para casa de Amaro, mas encontrou-o no caminho e este contou-lhe que também tinha recebido um bolo semelhante. Pensando ter sido ideia do fidalgo, dirigiram-se a sua casa para lhe agradecer, mas este também tinha recebido o mesmo tipo de bolo. Mariana ficou convencida de que tudo tinha sido obra de Santa Catarina. Inicialmente chamado de foclore, o bolo veio, com o tempo, a ficar conhecido como folar e tornou-se numa tradição que celebra a amizade e a reconciliação. Durante as festividades cristãs da Páscoa, o afilhado costumam levar, no Domingo de Ramos, um ramo de violetas à madrinha de batismo e esta, no Domingo de Páscoa, oferece-lhe em retribuição um folar.

E depois de conhecer como surgiu esta delícia portuguesa, vamos à sua receita:

FOLAR PORTUGUÊS

Ingredientes:

- 1 kg farinha de trigo
- 12 ovos
- 1 xícara(chá) azeite
- 200g manteiga derretida
- 30g fermento biológico fresco

Recheio:

- 3 linguiças defumadas em rodelas finas

Modo de Preparo:

Coloque em uma vasilha todos os ingredientes da massa, com exceção da farinha e misture muito bem até que fique uma massa homogêna.
Deixe fermentar coberta com um pano por 1 hora.
Abra a massa, coloque as linguiças, misture tudo e divida em 4 pedaços.
Deixe terminar de fermentar por mais 1 hora em uma assadeira com farinha.
Leve ao forno quente (200º) por aproximadamente 45 minutos ou até que fique bem dourado. Tire do forno e delicie-se.

Este pão é tradição portuguesa todos os anos, juntando vizinhos, amigos e famílias que moram nas aldeias, cumprindo seu dever: união e confraternização através do alimento!























A lenda do folar foi fornecida pelo site www.infopedia.pt
Imagens retiradas do site: http://aguasfrias.blogs.sapo.pt/13423.html

Interação e alimentos - uma nova forma de ver a gastronomia

Nasci no meio da farinha. E no meio dela me criei, aprendendo a admirar, respeitar e transformar trigo em mil coisas.
Meu pai começou a trabalhar em açougue e depois, como bom português, migrou para padaria. E repassou para mim, desde pequeno, a magia e a paixão pelos alimentos, em especial por pães.
Sempre senti que a cozinha faz parte de mim, como uma extensão do meu corpo e do que eu sou. Assim, cresci nesse caminho, sempre estudando, criando, testando e experimentando.
Mas não é por ter experiência que sempre dá certo. Porque alimento tem vida própria, tem desejos, tem alma... e você consegue sentí-la quando ama o que faz.
E por isso, decidi criar este espaço para compartilhar minha experiência, conhecimento, tentativas, acertos e erros.
Um blog é uma forma muito boa de interagir e é isto que quero: trocar receitas, dicas, truques, segredos. Mostrar que a alta gastronomia é para todos. E que todos podem se tornar grandes chefs. Nem que sejam só virtuais!